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sexta-feira, 3 de junho de 2011

As Vastas Pradarias São O Domínio Do Predador

Correm a planície como uma onda gigantesca. As manadas em migração no Parque Nacional do Serengeti são um belo espetáculo da vida selvagem. Esses herbívoros atraem milhares de predadores, desde os grandes felídeos às hienas e aos mabecos. Os necrófagos, como os abutres, alimentam-se dos restos das matanças. Milhares de outras espécies - do elefante às térmitas - fazem do parque a sua casa.


Uma multidão fértil - As manadas começam o ano nas planícies do sul, onde nascem as crias. Na primavera, as manadas juntam-se e rumam para o norte e oeste, em busca de água e erva fresca. A época de acasalamento decorre no caminha, a competição dos machos por uma parceira é um espetáculo ruidoso. Em julho, os animais deslocam-se para o norte, em direção à Reserva de Caça de Masai Mara, onde encontrarão pastagens viçosas. No final do ano, a maioria dos animais já regressou ao sul.

O perigo vem de baixo - Durante a sua migração, as manadas do Serengeti têm de atravessar numerosos cursos de água. Existe um animal em especial muito perigoso. Atingindo 4,6 m de comprimento, o crocodilo-do-Nilo é um caçador temível que faz emboscadas nos vãos mais utilizados. Captura um gnu ou uma zebra que tente atravessar o rio, afogando-os e alimentando-se em seguida. Também é comum encontrar o lagarto Úgamo, um réptil menos perigoso e mais colorido. Esse habita em toda a área do parque e mede cerca de 25 cm. O maior lagarto da África, o Varano do Nilo, com 2 m de comprimento, também pode ser encontrado no Serengeti. Esse nada ao longo das margens dos rios para roubar ovos de crocodilos.As zebras arriscam as suas vidas bebendo água do rio: um crocodilo pode estar à espera...

Pequenas, mas importantes - As planícies do Serengeti foram criadas por forças naturais, mas são mantidas pela ação de bilhões de animais. As deslocações e alimentação das manadas produzem novos rebentos e renovam as pradarias. Mas as criaturas menores também ajudam. As térmitas alimentam-se de plantas mortas, reciclando-as no interior do solo. As suas escavações revolvem a terra, ajudando a trazer à superfície os nutrientes que facilitam o crescimento das plantas. As chaminés das termiteiras fornecem abrigo a cobras, mangustos e ratos, ao passo que os predadores as usam para vigiar as presas.Os escaravelhos-bosteiros alimentam-se dos excrementos produzidos pelas manadas, escavando túneis para armazenar alimentos para as suas larvas.

À conquista do céu e da terra - Entre mais de 500 espécies de aves do Serengeti, a mais espetacular é o avestruz. Apesar de não voar , os seus 2 m de altura garantem que tenha poucos inimigos. Um coice da sua pata tipo casco pode matar um leopardo, e pode correr até 65 km/h. A águia de Verreaux alimenta-se de carne, sobrevoando as territórios rochosos para capturar lebres.
Águia de Verreaux
 Os necrófagos, como o abutre, aproveitam as correntes de ar quente para pairar sobre as planícies, localizando criaturas mortas ou moribundas. Essas aves limpam rapidamente qualquer carcaça, que de outra forma apodreceria e espalharia doenças devido ao calor.

Em foco o Serengeti - Localizada no norte da Tanzânia, a reserva do Serengeti cobre uma área de 12.950 km². Tendo como fronteiras a leste as terras altas de Ngorongoro e o Vale do Rift, a maior parte do território a sul é formada por planícies de erva rasteira. A norte, as pastagens têm erva alta e a zona central é composta por savana. O noroeste combina vales arborizados, colinas e planaltos, enquanto a região mais ao norte é mais montanhosa, à medida que se aproxima da Reserva de Caça de Masai Mara, no Quênia.

Tribos Nômades - Nos anos 70, alguns arqueólogos que pesquisavam a garganta de Olduvai, no canto sudoeste do Serengeti, descobriram fósseis de humanos primitivos com quase 2 milhões de anos. Desde esses tempos remotos que a área foi utilizada pelas tribos nômades do Masai. Ao contrário de grande parte do continente africano, o Serengeti escapou à curiosidade dos europeus, pelo menos até o início do século XX - em parte devido à mortífera mosca tsé-tsé, que disseminava a doença do sono e abundava naquele local.

Parque Nacional sobre ameaça - As qualidades especiais dessa área foram notadas primeiramente pelos caçadores de grandes animais selvagens, que ali criaram uma reserva nos anos 20. O Serengeti foi transformado em Parque Nacional em 1951 e tornou-se uma atração turística. No entanto, o Serengeti encontra-se sob pressão devido ao crescimento da população. As pessoas são muito pobres e consideram as pradarias como terras de pastagem ideais e os animais selvagens como uma excelente fonte de proteínas. A esperança pode estar em responder às necessidades dos povos locais e do próprio parque investindo as receitas do turismo na economia local.

Perfil do Hábitat
Hábitat = Savana ondulada, floresta aberta e pradaria
Clima = Estações da chuva de dezembro a maio
Temperatura = Cerca de 40ºC
Biodiversidade = Tem as maiores manadas de herbívoros de pequeno porte, necrófagos e predadores
Estado do Hábitat = Estável
Ameaças ao Hábitat = Turismo, caça furtiva, avanço das pastagens para gado e das populações humanas
Distribuição = Savana, floresta, fronteira nacional e fronteira do Parque Nacional

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Alerta Vermelho Nas Florestas Para A Rã Venenosa

Vermelho significa perigo, pelo menos quando se trata da rã venenosa. Esse anfíbio letal produz um dos venenos mais tóxicos da natureza, e as suas cores vibrantes são um aviso aos potenciais predadores. Essa rã também é conhecida como rã-flecha, pois algumas tribos da região onde habita friccionam as pontas das suas flechas no muco venenoso da pele da rã, obtendo, assim, uma arma de eficácia inigualável. Os cientistas encontram-se atualmente investigando esse veneno para possíveis aplicações medicinais. Esse animal é conhecido também por ser um progenitor notável.




Defensores Aguerridos - A rã venenosa vermelha e azul encontra-se ativa durante o dia, que é o período em que a sua pele vermelha brilha, constituindo um sinal de aviso bem visível para os seus predadores. De todos os predadores, apenas a cobra Leimadophis epinephelus é imune ao seu veneno. Também conhecida como a ''Jóia da Floresta da Chuva'', essa pequena rã vive perto da água, no meio dos húmus e dos limos, e também em ramos baixos. A atmosfera úmida da floresta de chuva impede a pele de secar. A rã venenosa vermelha e azul é agressiva e defende obstinadamente o seu território. Os machos e, às vezes, as fêmeas lutam com os intrusos - muitas vezes até a morte, utilizando as suas possantes pernas traseiras. Essas rãs raramente se afastam de seu território.

Uma ponta pegajosa - Estas rãs, de cor viva e olhar apurado, alimentam-se de uma série de pequenos insetos, que capturam graças a sua língua comprida e viscosa. As rãs podem permanecer imóveis, esperando pacientemente até que sua presa esteja ao seu alcance. Só então lançam a sua língua retrátil, para capturar a presa. A rã captura qualquer inseto que passe, e os que não são comestíveis são simplesmente cuspidos para longe.
  Pensa-se que as toxinas existentes na pele da rã são produzidas a partir de um dos componentes da sua dieta no seu hábitat - como as formigas, por exemplo. Em cativeiro, ela perde sua toxina letal.
Progenitores perfeitos - O macho atrai a fêmea por meio de elaborados chamamentos. O macho leva a companheira até um local perto da água, onde esta possa por os ovos para ele fertilizar. A fêmea verifica regularmente os ovos, certificando-se de que estes permanecem úmidos e seguros. quando eles estão prontos a eclodir, a progenitora aproxima-se da massa de ovos, libertando os girinos. A rã carrega no dorso um ou dois de cada vez, graças a uma secreção mucosa que os mantém colados, e leva-os para uma árvore oca com água ou uma planta da família das bromeliáceas, ficando cada girino em um local diferente, para que nenhum deles coma o outro. Com intervalos de poucos dias, a mãe aparece e deposita regularmente junto deles um ovo não fertilizado, para melhorar a dieta de larvas de insetos. Essa operação é repetida durante três semanas, até as crias estarem desenvolvidas. Em seguida, as pequenas rãs emergem e desaparecem nas floresta.


Em busca de proteção -Apesar de ainda não estar ameaçada, a rã venenosa vermelha e azul já sofre as consequências da rápida diminuição do seu hábitat, à medida que grandes faixas de floresta tropical da América Central são destruídas. A sua popularidade como animal de estimação exótico significou também uma drástica redução do seu número. Tal como outros anfíbios, a sua pele delicada pode aumentar os riscos da exposição aos elevados níveis de radiação ultavioleta, devida ao buraco na camada de ozônio.


 A rã venenosa vermelha e azul encontra-se nas florestas de chuvas tropicais, na costa Atlântida da América Central,desde o norte da Guatemala até o Panamá.
A maior concentração encontra-se na Costa Rica.

Sinais de aviso - Apesar de não ter o veneno mais tóxico, esta espécie também é letal. A rã utiliza a sua cor e o sistema químico de defesa para afastar os predadores. Nem todas as rãs venenosas sã vermelhas - existem também variedades castanhas, azuis e verdes.


Mito ou Fato
A rã venenosa não é letal apenas pelo toque: as convulsões e a intoxicação só ocorrem se as toxinas da sua pele penetrarem na corrente sanguínea através de um corte, ou pela ingestão, introduzindo na boca um dedo que tenha estado em contato com a rã. Nem mesmo a rã dourada que é a mais venenosa não é letal se for simplesmente tocada, apesar de ser recomendável a utilização de luvas especiais.


ESTATÍSTICAS


ESTADO = Comum localmente
COMPRIMENTO = 2-2,5 cm
HÁBITAT = Terrestre
MATURIDADE SEXUAL = 1 ano
ÉPOCA DE ACASALAMENTO = Outubro-março
NÚMERO DE OVOS = 4-6 por bolsa
DIETA = Formigas, térmitas, aranhas e escaravelhos
LONGEVIDADE = Mais de 10 anos
LOCALIZAÇÃO = Floresta tropical e floresta das chuvas



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